Parceria Google-Yahoo sob Temporal de Investigações do Departamento de Justiça e Estados - Novidades da MSN-Bing


14/Julho/2008 – O Departamento de Justiça e um número crescente de Estados americanos contestam a parceria Google-Yahoo sob a alegação de excessiva concentração de poder.

O Departamento de Justiça do Estados Unidos contestou a parceria Google-Yahoo para os anúncios pagos.

Numa avalanche, os governos dos Estados daquele país fizeram o mesmo. A alegação central para essas investigaçõs é que a dita e exdrúxula parceria representaria uma excessiva concentração de poder, com riscos evidentes para os consumidores, no caso, os anunciantes.

Esta avalanche de ações por parte daquela nação representa uma repulsa à tentativa exemplar de um poder econômico controlar a vida dos cidadãos. Duvido que Google e Yahoo suportem a pressão, mesmo porque, na esteira dessas investigações, vem um número incalculável de críticas dos meios de comunicação e a certeza dos cidadãos de que eles serão prejudicados no negócio. E serão mesmo.

Aqui no Brasil já noto que muitas empresas que alicerçam seus negócios em anúncios na Internet, estão temerosas em relação a essa parceria. De outro lado, ocorre uma seqüência de fatos surrealistas.

A Microsoft que afirmara que sua proposta de compra com ágio de 62% nas ações era a última e que não falaria mais no assunto se o Yahoo recusasse, voltou a propor negociações. Deste vez ela propõe comprar apenas a área de anúncios do Yahoo, proposta prontamente recusada. É compreensível a recusa do Yahoo, posto que os anúncios representam 95% do faturamento dos mecanismos de busca. Mas, o mais surpreendente é a notícia de que não há clima para negociação entre Microsoft e Yahoo.

A falta de clima estaria explicada por problemas antigos entre as duas empresas, surgidos quando a tecnologia de anúncios por clik era uma patente do Overture, empresa que acabou ficando sob o controle do Yahoo; na época (por volta de 2000) teria havido um afastamento da Microsoft das negociações. As notícias são um pouco nebulosas, mas aparentemente a Microsoft, com sua retirada, dificultou as negociações. Em conseqüência se instalou uma má vontade entre as duas empresas e este estado de ânimo ressurge na mesa de negociação agora. Traduzindo em linguagem bem nossa: os dois vivem em uma pirraça crônica.

A história é verossímel se nos lembrarmos de que Gates disse, há não muito tempo, que um dos erros da Microsoft foi substimar o serviço de buscas na internet. O tal afastamento deve ter sido uma dessas ações de não se importar com as buscas. Parece, todavia, que o ambiente tem tudo para azedar mais agora. Com a onda nacional contrária à parceria Google-Yahoo, o Yahoo ficou subtamente mais enfraquecido ainda. E o que faz a Microsoft? Já não sustenta a proposta anterior: só quer o filé mignon do Yahoo.

Minha aposta: a parceria Google-Yahoo para os anúncios vai gorar e o Yahoo não será vendido para a Microsoft. A pirraça provavelmente asfixiará as duas empresas de buscas (MSN e Yahoo). Espero estar errado porque, se estiver certo, vai dar na mesma: o Google vai poder colocar o preço que quiser nos anúncios.



Ruy Miranda

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