Três Principais Mudanças do Google em 2008




Ruy Miranda



O Google realizou, no meu entender, três grandes mudanças no seu algoritmo em 2008 – no PageRank, na duplicidade de conteúdo e na quantidade / qualidade do conteúdo. A do PageRank foi no mundo inteiro. A da duplicidade sempre foi perseguida no mundo inteiro, mas havia uma certa tolerância no Brasil e possivelmente em outros países onde a Internet está ainda atrasada. A quantidade e qualidade do conteúdo passaram a ser mais observadas – mais conteúdo e de boa qualidade, gera pontos no algoritmo.

Mudanças no PageRank – Definitivamente os links externos já não têm a mesma importância de antes na definição dos posicionamentos de um site. Links de diretórios, especialmente desses pequenos diretórios que existem exclusivamente para conceder rank (e de quebra vender os endereços de emails), passaram a ser, até, desconhecidos. Diretórios médios e grandes são considerados, mas já não têm o mesmo peso – por exemplo, até bem pouco tempo um site não passava de PR 3 para PR 4 se não estivesse inscrito no Oppen Directory; isto não existe mais.

Entretanto, links espontâneos, assim como links vindos de sites de boa reputação, como por exemplo, de agências ou órgãos governamentais, de associações de classe, de órgãos de defesa da informação, de entidades que só incluem no seu index sites de um determinado segmento da atividade e ainda os submete a algum tipo de exigência ética, de sites de divulgação regional ou local, e outros do gênero, passaram a ser considerados e a pesar no PageRank.

Links comprados ou colocados em propagandas são ignorados. O mesmo ocorre com a maioria dos links advindos de trocas, advindos de fóruns, de livros de visitas, de páginas específicas para links.

Vê-se que o funil do PageRank vai se estreitando muito. Em tal circunstância, esta variável acaba tendo pouco peso no algoritmo porque ela tem se tronado muito excludente.

Duplicidade de Conteúdo – A Duplicidade do Conteúdo sempre foi preocupação dos mecanismos de busca, e do Google em particular porque ele indexa tudo o que encontra. Entretanto, convivíamos, no Brasil, aparentemente, com uma boa tolerância em relação a este tópico. Mas neste ano, a meu ver, o funil se estreitou aqui também. Uma única página que mostra claros sinais de duplicidade no conteúdo pode ser suficiente para tirar um site das primeiras posições e enviá-lo para a segunda página. Se mais páginas são duplicadas, maiores são as perdas de posições. Não há necessidade de ser cópia literal e tampouco cópia do conteúdo inteiro - uma parte de uma página duplicada literalmente é o bastante para conduzir a perdas de posições.

Conteúdo: quantidade e qualidade – A quantidade de conteúdo, medida por atualizações regulares, seja por mudanças no conteúdo existente, seja por acréscimos de páginas, passou a ser importante porque ele é um fator que estimula o visitante a voltar ao site e, naturalmente, ao Google e, uma vez ali, clicar nos anúncios. Mas quantidade adianta pouco se não houver qualidade.

O Google empreendeu grande esforço este ano para introduzir fatores que permitam medir a qualidade, ainda que indiretamente. Um sonho antigo era ter essa medida pelo Oppen Directory, haja vista que o Google chegou a obter uma patente para usar este recurso para definir posições. A idéia central era que os sites listados ali seriam de boa qualidade porque passavam por revisão manual; mas isto se tornou impraticável por vários motivos - um deles o de ser eivado de vícios. Desfeito esse sonho, o mecanismo de busca tem procurado alternativas.

Presume-se que um site indicado por empresas acima de qualquer suspeita seja de boa qualidade. Imaginemos um site indicado pelo próprio Google. Mas podemos pensar mais baixo. Um site indicado por um órgão governamental, como uma secretaria de uma prefeitura. Ou por uma entidade do terceiro setor que goza de prestígio social. Ou por um órgão de classe. Ou por um site que congrega comunidades internacionais, nacionais, regionais ou locais. Um site que cuida de questões éticas junto a filiados. E assim por diante. Esses links teriam um ganho adicional ao rank, representado por sua boa reputação.

É totalmente válido o esforço do Google em proporcionar informações mais confiáveis na Internet posto que a maioria da que circula deveria ir para a lata de lixo.

Ajustes no algoritmo – É claro que o Google e os outros mecanismos de busca fizeram muitos ajustes nos seus algoritmos no transcorrer deste ano. A maioria são ajustes de sintonia fina que quese sempre passam despercebidos. Entretanto esses três foram, na minha visão, notáveis no ano que termina.

Ruy Miranda
Otimização de Sites

Dezembro, 2008

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